A fotografia consiste em técnicas utilizadas para conseguir criar, capturar ou registrar imagens por meio da exposição luminosa em uma superfície sensível. Hoje em dia, com o avanço das redes sociais, a fotografia faz parte da vida de diversas pessoas. Mas quem inventou a fotografia?
Sabemos que muitas imagens fotográficas registram momentos especiais entre amigos e familiares. Por esse e outros motivos, a fotografia tem um papel fundamental na humanidade, já que por meio dela, é possível retratar sua realidade e contar histórias por meio do seu olhar.
Continue a leitura para entender quem inventou a fotografia ou melhor: quais foram os envolvidos nesse desenvolvimento ao longo da história.
Quem inventou a fotografia
Na criação da fotografia estão envolvidos muitos filósofos, artistas, cientistas e polímatas. Os princípios físicos, químicos e digitais tiveram muitos protagonistas ao redor do mundo. O francês Joseph Niépce, por exemplo, fez o primeiro registro fotográfico, ao qual deu o nome de retina. O processo de fotografar essas retinas foi chamado por ele de heliografia.
Niépce usava a câmara escura e uma placa retangular, banhada a betume da judeia. Quando exposto ao sol por meio da câmara escura, o betume formava uma imagem visível. A primeira foi registrada em preto e branco, e mostrava a vista de uma janela.
Curiosidades sobre a invenção da fotografia
Existem importantes curiosidades a respeito da fotografia. Vale a pena conhecer a respeito delas para entender melhor sobre o desenvolvimento das fotos e da sua importância para a história. Confira, a seguir!
1. A câmera escura
A câmera escura consistiu em uma importante descoberta para o surgimento da fotografia. É caixa era formada totalmente fechada (e escura), que apresentava apenas um pequeno orifício para entrada de luz em uma das faces. Do lado contrário ao orifício, os estudiosos da fotografia colocavam diversas placas sensíveis. Desse modo, destapavam o orifício para que a placa recebesse luz.
A câmera funcionava por meio de fenômenos físicos. Devido ao princípio da propagação retilínea da luz. Os raios luminosos que atingiam os objetos e passavam pelo orifício da câmera eram projetados no anteparo fotossensível como hoje projetamos, por exemplo, slides de um datashow ou projetor digital.
Importante: quanto menor o orifício feito, mais nítida é a imagem, uma vez que os raios luminosos não formadores de imagem são repelidos.
2. Alhazen e os eclipses
Na idade média, Alhazen descreveu e estudou a respeito do método de observação dos eclipses solares por meio do uso de uma câmera escura. O estudioso foi um dos primeiros a usar o objeto para este fim. Hoje observamos esses fenômenos usando filmes fotográficos e radiografias, de modo a não queimar a nossa retina. Mas, naquela época, muitos astrônomos queimavam suas retinas durante essas observações.
Alhazen dedicou muito tempo de sua vida aos estudos a respeito de luzes, cores, arco-íris, sombras e outros fenômenos ópticos. Isso fez com que ele concluísse que a luz não surge do olho humano, mas é emitida por objetos, como lanternas. A conclusão parece simples nos dias atuais, mas foi algo inovador na época, e essencial para o desenvolvimento da fotografia. Isso porque, ele usou a câmara escura como se filmasse os fenômenos.
3. Leonardo da Vinci e o realismo da câmera escura
Leonardo da Vinci é um dos maiores artistas do Iluminismo e do período Renascentista. Saiba que, além da Monalisa, ele escreveu a respeito dos mecanismos de captura de imagens e de como melhorá-la. Esse estudo permitiu que o processo de fotografia passasse por diversos pontos de aperfeiçoamento.
Além disso, Da Vinci usava a câmara escura para fazer seus esboços. Entrava neste quarto escuro e projetava sobre sua tela o retrato ou paisagem. O realismo da projeção ajudava a preservar proporções entre os elementos, bem como demarcar volumes e sombras.
4. Revelação é diferente de ampliação
Na fotografia, revelar significa dar a ver a imagem latente. Durante o desenvolvimento da fotografia analógica, esse processo demandava banhos químicos para que o negativo mostrasse a imagem fixa. Parte do filme queimava, formando imagem, mas era preciso retirar o material que não foi sensibilizado e impedir que a imagem formada continuasse a queimar.
Já a ampliação é um processo analógico de positivação do negativo. Quando revelamos o negativo, ele inverte as tonalidades — o que é escuro fica claro e vice versa. A positivação consiste em expor um papel à luz da imagem negativa, ou seja, projetamos a imagem negativa sobre a superfície sensível e conseguimos queimar o papel “ao contrário”: onde estava escuro existe mais absorção da luz projetada no papel sensível, que queima menos e volta a mostrar cores claras.
Por tudo isso, quando falamos em revelação na fotografia digital, na verdade estamos fazendo a impressão das imagens e nos referindo a um processo análogo ao de ampliação. Então, você vai levar suas imagens digitais para ampliação ou impressão e nunca para revelação.
5. Primeiro registro fotográfico da praça Le Gras
Um dos primeiros registros fotográficos da humanidade foi chamado de retina. Seu nome foi criado por Joseph Niépce, o inventor do processo de heliografia. Este processo fotográfico consistia em colocar dentro da câmara escura uma placa de metal banhada com betume da judeia. Ao abrir o orifício da câmara, a imagem fiava projetada sobre a superfície sensível, que queimava, formando imagens.
O primeiro registro feito em heliografia foi “Vista da janela em Le Gras”, de onde Niépce fez o registro, que demandava cerca de cinco horas de exposição. Podemos dizer, então, que a primeira fotografia é uma longa exposição do gênero arquitetura.
6. Primeira imagem digital veio antes da foto digital
A transformação da fotografia ocorreu de forma lenta e gradual. Desde o surgimento das ferramentas digitais, a fotografia passou por diversas transformações e melhoramentos. Assim, é possível encontrar diferentes câmeras fotográficas, distintos modos de armazenamento e imagens de excelente qualidade.
Em 1957, Russell Kirsch criou a primeira imagem digital em um computador. Ele criou uma lógica de interpretação de imagens analógicas, que hoje chamamos de digitalização. Nesse processo, estão envolvidos inúmeros pixels que formam as imagens.
Mas só em 1975, foi criada a primeira câmera fotográfica digital. Quem inventou a câmera fotográfica digital foi o engenheiro Steve Sasson. A câmera pesava cerca de 4 quilos, e as imagens digitais eram em preto e branco.
A partir de 1990, começaram a surgir no mercado as câmeras digitais de maior precisão, e diversas empresas começaram investir nesse mercado. Com isso, as fotos digitais passaram a ganhar destaque.
Conhecer quem inventou a fotografia mostra o quanto o conhecimento é feito a muitas mãos. Graças ao estudo e dedicação de diversos cientistas, engenheiros, físicos e matemáticos, é possível registrar bons momentos, publicá-los nas redes sociais, guardar boas recordações e usar fotos na decoração, como objetos de arte.
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