Conheça o significado das numerações da classificação BI-RADS™
14 julho 2022
Quando você precisa fazer algum exame como ultrassonografia, ressonância magnética ou mamografia, existe uma classificação responsável por categorizar eventuais lesões que possam ser identificadas. Ela se chama classificação BI-RADS™ e serve justamente para facilitar o trabalho médico.
Para entender melhor do que se trata e como surgiu essa terminologia, elencamos as principais informações sobre o assunto neste post. Então, se você ficou interessado, é melhor continuar a leitura até o final. Aproveite!
O que significa BI-RADS™?
BI-RADS™ é a sigla para Breast Imaging Reporting and Data System (Sistema de Relatórios e Dados de Imagem da Mama). O termo, em inglês, se refere a uma classificação universal de identificação da gravidade de uma lesão nas mamas, o que é crucial para que diferentes médicos possam trabalhar tanto na identificação, quanto no diagnóstico e no tratamento de uma doença dessa natureza.
Como surgiu esse sistema de classificação?
Antes do sistema de classificação do BI-RADS™, cada laudo emitido a partir dos exames feitos nas mamas tinha muito da experiência de cada médico e das suas percepções individuais do caso. Com isso, era difícil que um mesmo exame pudesse ser avaliado por dois radiologistas diferentes a partir dos mesmos parâmetros, por exemplo.
Com isso, foi necessário ter uma ferramenta de interpretação que padronizasse as análises e facilitasse a linguagem dos médicos. Assim, em 1993, o Colégio Americano de Radiologia encontrou na classificação uma forma mais eficiente de unificar a avaliação das neoplasias das mamas.
O BI-RADS™ é uma classificação adotada no Brasil desde 1998. Ele foi uma decisão tomada em conjunto:
- pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR);
- pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);
- pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
O objetivo principal, como você já viu, era fornecer condições para que todos os profissionais médicos pudessem falar uma “mesma língua” quando se tratasse dos laudos e diagnósticos resultantes de mamografias. Assim, ainda que uma paciente passasse por vários médicos, eles entenderiam a gravidade do problema da mesma maneira.
Para que serve e como funciona essa classificação?
De acordo com a Amercian Cancer Society, o BI-RADS™ é composto de sete diferentes categorias que, além de facilitarem um diagnóstico mais preciso, contribuem para traçar um tratamento eficiente. São elas:
- 0: é um resultado considerado inconclusivo, o que demanda novos exames de mamografia, ultrassom ou ressonância;
- 1: indica a ausência de quaisquer alterações nas mamas;
- 2: aponta para alterações benignas e que não exigem novo acompanhamento em menos de um ano;
- 3: mostra uma alteração que geralmente é benigna, mas que vale ser acompanhada semestralmente;
- 4: aqui, há uma suspeita de malignidade, que precisa ser investigada e confirmada;
- 5: mostra uma alta suspeita de alteração maligna que deve ser encaminhada para biópsia;
- 6: é um resultado normal para exames de pacientes que já estão em tratamento de câncer de mama.
Como você pode ver, a classificação é importante desde a possibilidade de descarte de alguma alteração que pode ser benigna ou da simples identificação de nenhuma alteração, até o acompanhamento de pacientes já diagnosticadas e em tratamento. Assim, a equipe médica pode acompanhar a evolução do quadro, decidindo pelos melhores métodos de intervenção.
Além disso, ela também ajuda a entender a densidade mamária, indicando algum dos seus três tipos de tecido:
- tecido glandular, responsável por produzir o leite;
- tecido fibroso, que sustenta as mamas;
- tecido adiposo, que preenche as lacunas entre os demais tecidos.
Existe diferença da BI-RADS™ na mamografia e na ultrassonografia?
Assim como é utilizada no sistema de mamografia digital, a classificação BI-RADS™ também pode ser adotada na ressonância magnética e na ultrassonografia. A forma de interpretar e avaliar os valores e a mesma, o que significa que também são seguidas as recomendações e a categorização do risco de câncer utilizada para mamografia.
A diferença, nesse caso, é que o ultrassom é um exame realizado para ter mais clareza sobre aspectos mais amplos da mama. Nos nódulos sólidos, por exemplo, é preciso ainda categorizá-lo quanto:
- à sua forma, se é irregular, redonda ou oval;
- à sua orientação, se é ou não paralelo à pele;
- às margens, se são indistintas, microlobuladas etc.;
- aos limites, se são definidos;
- ao padrão ecogênico;
- ao efeito acústico posterior;
- ao tecido circunjacente.
Já no caso das calcificações, por sua vez, é praticamente impossível visualizar em ultrassons. Apesar disso, quando aparecem, também devem receber uma classificação clara: se é macro, micro, dentro ou fora dos nódulos.
Muitos outros aspectos relacionados às mamas são considerados na ultrassonografia mamária, como:
- as alterações nos seus dutos;
- os edemas;
- as modificações na pele;
- a vascularidade;
- a elasticidade.
Como a tecnologia tem auxiliado a área da saúde?
A tecnologia tem auxiliado a área de saúde em diversos sentidos, especialmente para aumentar sua eficácia e diminuir o tempo necessário para obter resultados conclusivos sobre o quadro de pacientes. Com ferramentas altamente tecnológicas e estratégias inteligentes, como a classificação BI-RADS™, o trabalho de diagnóstico precoce e tratamentos eficientes são cada vez mais viáveis.
Em geral, podemos dizer que a tecnologia:
- melhora a qualidade dos atendimentos, aumentando a precisão dos laudos e facilitando a abordagem ao paciente;
- beneficia a assistência clínica e o conforto durante a investigação dos quadros e, até mesmo, os tratamentos dos estágios iniciais aos avançados;
- otimiza os serviços clínicos, prestando soluções como a telemedicina, por exemplo.
Todas essas soluções são fundamentais para que avanços significativos sejam conquistados, tornando cada vez mais rápida e fácil a identificação de quaisquer anormalidades de saúde que possam acometer os pacientes. Desse modo, os tratamentos e as intervenções podem acontecer quanto antes, reduzindo os riscos para as pessoas.
Para tanto, é importante dispor de equipamentos de ponta, de alta qualidade e tecnologia avançadas, que tornem mais fácil a rotina clínica e mais cômoda a jornada do paciente. Por isso, contar com um fornecedor de confiança é tão relevante, proporcionando a aquisição, garantia e manutenção de máquinas para a realização de exames como a mamografia.
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