Radiografia Humana

Ultrassonografia renal à beira do leito

Ultrassonografia renal à beira do leito

O paciente pode necessitar de um ultrassom de rins e vias urinárias durante uma emergência, geralmente associada a crise renal, ou de forma eletiva como rotina ou acompanhar alguma patologia. Os achados mais comuns são hidronefrose e litíase renal.

Inicialmente deve ser feito uma varredura geral na região renal em busca desses sinais, seguindo para região de ureter e da junção pélvica. Devemos incluir imagens da bexiga analisando toda a estrutura, contornos, paredes etc, e atentos a possíveis pedras na bexiga que podem ter migrado do rim para o JUV.

A ultrassonografia renal à beira do leito, pode ser considerada uma estratégia alternativa para reduzir exames de tomografia computadorizada para o tratamento de cálculos renais não complicados sem a dose de radiação associada.

Confira o passo-a-passo de como realizar o exame de ultrassonografia renal:

Conforme mostrado na ilustração à direita. Posicionamos a sonda no eixo longo com marcador voltado para a cabeça do paciente.

Recomendamos o uso de uma sonda setorial, por ser menor e mais fácil de encaixar entre as costelas.

A esquerda posicionamos o transdutor em um ângulo mais posterior, e para analisar o rim direito, temos maior facilidade porque o fígado oferece uma ótima janela acústica.

Caso a visualização seja mais difícil, é recomendado colocar o paciente em decúbito lateral para que possamos inclinar a sonda e obter uma boa visão do rim.


Chamamos a área externa do rim de córtex, na parte interna ao córtex vemos a medula. Observamos ainda várias pirâmides renais localizadas dentro da região medular. As pirâmides renais filtram o sangue produzindo urina que fluirá para os pequenos cálices renais que se juntam formando a pelve renal, e na sequência o ureter que fará a ligação do rim a bexiga.

 

 

 

 


Uma aparência clássica do interior do rim é uma aparência brilhante ou hiperecóica na ultrassonografia e isso se deve à abundância de gordura dentro dos seios da face renais. Aqui está um rim normal típico na ultrassonografia.

 

 

 


Graduação da hidronefrose, do normal a severa 

Na arquitetura do rim normal as pirâmides medulares drenam a urina para o cálice e então sai para a pelve e ureter. Quando um cálculo renal ou outro tipo de obstrução ocorre, observamos a hidronefrose, que se manifesta através do aumento do volume de líquido dentro da região da pelve renal, cálices, também podemos ver a dilatação do ureter.

Nas imagens moderadas, podemos ver aumento dos cálices e pirâmides renais. Um grau mais pronunciado de hidronefrose pode ser devido a presença de um cálculo que causa maior obstrução.

Nos casos mais severos, toda a parte interna do rim pode ser substituída por líquido, permanecendo visível apenas uma pequena parte do córtex contornando o volume de líquido.

Um paciente com litíase renal, classificado como grau 2 a 3 ou hidronefrose moderada (figura1). Vemos a região calicial dilatada preenchida por líquido e dilatação do ureter arqueando-se para parte inferior, distanciando do rim em direção à bexiga.

No exemplo de hidronefrose severa ou grau 3 (figura 2) um paciente com cálculo renal grande de aproximadamente 1,5 cm causou obstrução. Observamos o preenchimento total dos cálices e pirâmides por líquido, estando visível apenas o córtex externo do tecido renal.

Este paciente tinha uma hidronefrose de longa data e havia perdido muito da função renal neste lado. Ao avaliar um paciente com um possível cálculo renal que apresenta hidronefrose, é necessário observar a bexiga, é possível que tenha pedra presente no lado esquerdo ou direito, na região da JUV .

Numa visualização da bexiga com o transdutor no ângulo transverso com o marcador virado para o lado direito do paciente, vemos uma pedra com sombra hiperecogênica presente no JUV direita. Se aplicarmos a ultrassonografia Doppler na região, podemos ver que os jatos ureterais está sendo bloqueado pela pedra de 1,0 cm.

Este paciente foi encaminhado a clínica de cistoscopia para remover a pedra que causava obstrução.


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