A exposição contínua à radiação sem a devida proteção pode resultar em efeitos cumulativos e imperceptíveis a curto prazo, tornando a segurança essencial para garantir a saúde dos profissionais. O principal objetivo da biossegurança na radiologia é minimizar e eliminar os riscos associados à radiação ionizante.
Isso é alcançado por meio da adoção de práticas e equipamentos adequados, além do treinamento contínuo dos profissionais para garantir a conformidade com as medidas de segurança.
Neste artigo, vamos apresentar 7 medidas essenciais de proteção para garantir a segurança dos profissionais que atuam nesse campo.
Quais são as medidas de biossegurança na radiologia?
Abaixo, você conhecerá as principais medidas de biossegurança que devem ser adotadas na radiologia. Veja!
1. Distância segura da fonte de radiação
Manter uma distância adequada da fonte de radiação é uma medida de extrema importância para reduzir a exposição dos profissionais. Quanto mais distante for a fonte, menor é a dose de radiação recebida pelo radiologista.
A adoção dessa estratégia é uma prática simples, mas bastante eficaz na redução dos riscos ocupacionais. Os profissionais devem ser orientados a manter-se afastados da fonte de radiação sempre que possível, utilizando dispositivos de manipulação remota e técnicas adequadas de posicionamento do paciente.
2. Tempo de exposição controlado
O controle cuidadoso do tempo de exposição à radiação é uma prática-chave que desempenha um papel crucial na minimização dos riscos ocupacionais em radiologia. Profissionais bem treinados e capacitados em técnicas radiológicas otimizadas conseguem realizar exames com agilidade e precisão, o que, por sua vez, reduz significativamente o tempo de exposição durante os procedimentos.
O treinamento adequado é fundamental para que os profissionais compreendam a importância de otimizar o fluxo de trabalho e garantir que cada etapa do exame seja realizada de forma eficiente. Ao implementar procedimentos bem planejados, eles podem limitar ao máximo o tempo necessário para a aquisição das imagens radiológicas, minimizando, assim, a exposição desnecessária à radiação.
O uso de dispositivos de controle remoto e a automação de algumas etapas dos procedimentos radiológicos também são recursos valiosos que podem ser aprendidos durante o treinamento. Essas tecnologias permitem que o profissional realize exames à distância, reduzindo a sua exposição à radiação durante o processo.
3. Blindagem adequada
A blindagem adequada das salas de exame é uma medida essencial para garantir a segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes durante os procedimentos de radiologia. Essa prática consiste em utilizar materiais específicos que absorvam e atenuem a radiação espalhada, minimizando os riscos de exposição indesejada no hospital.
A escolha dos materiais de blindagem é muito importante e geralmente inclui o uso de chumbo, concreto com agregados de bário e até mesmo água. O chumbo é conhecido por sua alta densidade e capacidade de absorção de radiação, tornando-se uma escolha tradicional para a construção de barreiras radiológicas.
Já o concreto com agregados de bário também é uma opção eficiente, oferecendo uma alternativa mais econômica ao chumbo.
4. Monitoramento de dosimetria
A dosimetria é uma ferramenta essencial para acompanhar a quantidade de radiação à qual os profissionais são expostos. O uso de dosímetros individuais é recomendado, permitindo que os profissionais monitorem a dose de radiação recebida durante suas jornadas de trabalho.
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Esse monitoramento é essencial para garantir que os limites de doses estabelecidos pelas regulamentações sejam respeitados e que os profissionais se protejam delas.
5. Capacitação e treinamento
A capacitação adequada dos profissionais de radiologia é crucial para garantir a compreensão dos riscos associados à exposição à radiação e a aplicação correta das medidas de biossegurança.
Treinamentos contínuos devem ser fornecidos para mantê-los atualizados sobre as melhores práticas de segurança e as tecnologias mais avançadas em proteção radiológica. Essa capacitação também inclui a conscientização sobre os procedimentos corretos para o uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e técnicas para a otimização da dose de radiação em exames.
6. Controle de acesso
O controle de acesso é uma medida de segurança adicional para prevenir exposições desnecessárias à radiação. Essa restrição à área de exames de radiologia apenas a profissionais autorizados garante que somente aqueles devidamente capacitados e equipados com os EPIs adequados estejam presentes durante os procedimentos radiológicos.
Isso evita a exposição acidental de outras pessoas e contribui para um ambiente mais seguro e controlado. O controle de acesso também é relevante para restringir a entrada em áreas de armazenamento de materiais radioativos, prevenindo a manipulação inadequada e garantindo a segurança dos profissionais e do meio ambiente.
Quais são os EPIs necessários na radiologia?
Os EPIs desempenham um papel fundamental na proteção dos profissionais durante os procedimentos de radiologia. Esses itens são projetados para minimizar a exposição à radiação ionizante e garantir a segurança dos envolvidos. Dentre os principais EPIs utilizados, destacam-se os seguintes.
Aventais plumbíferos
Essenciais para proteger a região torácica e abdominal dos profissionais durante exames radiológicos. Esses aventais são confeccionados com materiais que contêm chumbo, sendo eficazes na absorção da radiação, reduzindo significativamente a dose recebida.
Protetores de tireoide
A glândula tireoide é muito sensível à radiação. Assim, o uso de protetores específicos, como colares plumbíferos, é imprescindível para evitar danos a essa importante estrutura do corpo.
Óculos plumbíferos
Os óculos plumbíferos são projetados para proteger os olhos dos profissionais durante os procedimentos radiológicos. Feitos com uma combinação de chumbo e vidro, eles proporcionam uma visão clara enquanto protegem a visão contra a radiação.
Protetores de gônadas
A preservação da saúde reprodutiva dos profissionais é uma preocupação importante. Os protetores de gônadas são utilizados para proteger os órgãos reprodutores femininos e masculinos da radiação, minimizando riscos de infertilidade e outros problemas relacionados.
Como vimos, a biossegurança na radiologia é importante para garantir a segurança e saúde dos profissionais envolvidos nessa área. As medidas essenciais de proteção, como o uso de EPIs adequados, controle da distância e tempo de exposição, monitoramento de dosimetria e capacitação contínua, são fundamentais para minimizar os riscos associados à exposição à radiação ionizante.
Logo, o investimento em biossegurança na radiologia não apenas protege os profissionais, mas também contribui para a qualidade e eficácia dos procedimentos de diagnóstico por imagem. Lembre-se sempre de seguir as melhores práticas de biossegurança para garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos.
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