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6 doenças mais comuns no carnaval e como prevenir

doenças do carnaval

O mês do Carnaval é um momento muito esperado pelos foliões, mas traz também algumas preocupações. Isso porque existem diversas doenças muito comuns da comemoração e que exigem atenção especial. Elas se potencializam nesta época por conta de um desgaste físico maior, por exemplo, muitas horas, em blocos ou festas, excesso de álcool, má alimentação e poucas horas de sono.

Por este motivo, é muito importante conhecer quais são as principais doenças que mais acometem os foliões para garantir um esquema de prevenção adequado para curtir o período sem crise.

Veja a seguir quais são as 6 doenças mais frequentes no Carnaval e como é possível se prevenir contra cada uma delas adequadamente.

Siga com a leitura!

Por que algumas doenças aparecem mais em determinadas situações?

Na área da saúde, existem algumas doenças consideradas sazonais por acontecerem ou se agravarem em determinadas épocas do ano com mais frequência. Entre os principais exemplos disso, estão as doenças respiratórias que surgem com força total durante os meses de inverno. Além das baixas temperaturas, as flutuações na umidade relativa do ar e as mudanças de hábitos também influenciam.

Por exemplo, ao se depararem com o frio, a tendência é que as pessoas se aglomerem em espaços mais fechados e pouco ventilados que facilitam a propagação da gripe. Durante a primavera, os ciclos das transformações na natureza também interferem diretamente na nossa saúde. O motivo é que durante este período a maioria das plantas passa pelo seu auge reprodutivo e isso faz com que a quantidade de pólen liberada no ar gere mais crises de rinite e reações alérgicas.

Já no verão, as condições se tornam mais propensas para a reprodução de mosquitos e, com isso, aumentam os casos de contaminação por dengue. As gastroenterites virais são também quadros que costumam trazer uma grande movimentação para o pronto-socorro. Suas transmissões são potencializadas porque as pessoas tendem a ficar menos em casa, fazer mais refeições na rua e interagirem em diferentes situações.

É importante destacar que mesmo que uma doença esteja mais propensa a ocorrer em determinada época do ano, isso não significa que elas não aconteçam durante todas as estações. Afinal, o clima no Brasil varia bastante de região para região e épocas de comemoração, como o Carnaval, também interferem diretamente na incidência de doenças.

Quais são as doenças mais comuns no Carnaval?

O clima descontraído e as aglomerações que acontecem no Carnaval aumentam o risco de transmissão de doenças. As mudanças comportamentais nesta época também prejudicam a saúde e tornam o organismo mais vulnerável de modo geral por conta dos foliões dormirem menos, se alimentarem inadequadamente e terem menos higiene como comer sem higienizar as mãos ou compartilharem bebidas).

Por isso, é importante tomar medidas de precaução, como manter uma boa higiene, evitar comportamentos de risco e procurar atendimento médico se apresentar sintomas de algum quadro relacionado. Listamos a seguir as 5 doenças mais comuns no Carnaval. Acompanhe!

1. HPV

HPV é a sigla em inglês para Papilomavírus Humano. Se trata de uma família de vírus altamente transmissível que afeta as mucosas de diferentes órgãos e a pele. A infecção pelo HPV ocorre por meio de relação sexual ou por contato direto com as verrugas, causadas pelo vírus. Boa parte da população tem chance ser infectada durante a vida sem que sofrer com grandes danos porque o HPV atua de modo transitório no organismo.

No entanto, existem também as cepas oncogênicas de HPV que podem causar diferentes tipos de cânceres, como câncer de vulta, de colo do útero, de pênis e de ânus. A melhor forma de prevenção contra o vírus envolve o uso de preservativos durante o ato sexual e a vacinação. Além disso, fazer o acompanhamento regular de saúde é muito importante para detectar o câncer de colo do útero em estágio inicial.

2. Herpes genital

Outra infecção sexualmente transmissível que chega com mais frequência na época de Carnaval é o herpes genital. Existem dois tipos de vírus de herpes simples que são os causadores do herpes genital. São eles: o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2). Ambos causam infecções genitais, mas o tipo 2 costuma se manifestar com mais frequência nesta forma de herpes.

Os principais sintomas são bolhas inflamadas e dolorosas na região genital ou anal. Os machucados podem estourar e se transformarem em feridas que causam muita dor e incomodo. Sem contar que uma pessoa infectada por herpes genital tende a apresentar alguns outros sintomas, como dor muscular, febre, dor de cabeça e dor de garganta.

A melhor maneira de prevenção é usar preservativos em todas as relações sexuais e evitar contato caso um dos parceiros apresente sinais ou sintomas da doença. Vale lembrar que apesar do preservativo diminuir muito o risco de infecção, ele não é completamente anulado porque as lesões causadas pelo herpes genital podem aparecer em locais não protegidos pelo preservativo.

3. Gonorreia

A Gonorreia é causada por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Esta doença sexualmente transmissível pode afetar várias partes do corpo, como o colo do útero, os olhos, a garganta e a uretra. Costuma ser altamente contagiosa e apresenta como principais sintomas a inflamação no canal da uretra, dor ou ardência ao urinar e saída de secreção purulenta pela uretra.

Além do uso de preservativo nas relações sexuais, fazer o rastreamento médico adequado para diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis com frequência e ter uma limitação do número de parceiros sexuais são boas estratégias para identificar a infecção precocemente. Inclusive, quando não tratada corretamente, a Gonorreia pode causar infertilidade, gravidez nas trompas, infertilidade, dor nas relações sexuais, entre outros.

4. Sífilis

A Sífilis pode ser transmitida pelo contato sexual, por meio do contato com lesões na pele ou no sangue e da mãe para o feto durante a gravidez. É causada pela bactéria Treponema pallidum e tem três estágios. O primário, secundário e terciário que incluem diferentes sintomas e evoluções da doença.

No primeiro, existe uma lesão que nasce na área da infecção (conhecida como carolo de sífilis). Já no segundo, aparecem erupções na pele, linfonodos inchados e febre. O terceiro estágio é considerado o mais grave pela possibilidade de causar danos permanentes aos órgãos internos, como ao coração, cérebro, sistema nervoso, entre outros.

5. AIDS

Ao se divertir e relaxar durante o Carnaval, muitas pessoas acabam adotando comportamentos que trazem riscos de contrair o HIV. O Vírus da Imunodeficiência Humana, chamado de AIDS, pode ser transmitido pelo compartilhamento de agulhas, do contato sexual sem proteção, objetos cortantes contaminados, de mãe para filho durante a gravidez, durante o parto e amamentação.

O HIV não tem cura e a pessoa infectada precisa fazer um tratamento constante para evitar o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Se trata de uma doença grave que pode ser fatal. Dessa forma, a melhor maneira de prevenção é usar preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais (vaginais, orais e anais).

6, Viroses

As viroses são muito comuns no Carnaval por conta da combinação de vários fatores comportamentais, climáticos e biológicos que favorecem a transmissão de diferentes tipos de vírus. A principal razão disso é o aumento do contato próximo com outras pessoas nos blocos e nas festas e o consumo de alimentos e bebidas contaminados.

Entre as principais viroses que surgem no Carnaval, podemos citar o rotavírus e o norovírus que provocam náusea, diarreia, dor abdominal, febre e vômito. Com sintomas semelhantes, a Hepatite A também merece destaque por ser uma infecção viral que afeta o fígado transmitida por meio de contato próximo com pessoas infectadas e alimentos contaminados. E, por último, vale citar as infecções respiratórias que aparecem em todas as épocas do ano,

Quais cuidados ter para curtir o Carnaval sem preocupação?

Mesmo sendo um período em que a transmissão de doenças aumenta, é possível passar um Carnaval bastante divertido e sem preocupação. O grande segredo está em curtir a folia com foco em preservar a imunidade, ter o conhecimento adequado sobre a importância de fazer sexo sempre com proteção e se manter hidratado.

Alimentar-se bem antes de sair de casa, não ficar muitas horas sem comer e não descuidar do sono também devem ser parte importante da lista de prioridades de qualquer folião. Vale destacar ainda a necessidade de se proteger adequadamente do sol em eventos ao ar livre e evitar o consumo excessivo de álcool.

Agora você já sabe quais são as doenças mais comuns no Carnaval. Mas lembre-se que mesmo incentivando os cuidados, muitos foliões acabam exagerando na dose e os diagnósticos precisam ser ainda mais otimizados nesta época. Então, a realização do trabalho com o auxílio da tecnologia se torna ainda mais importante para que nenhum sintoma passe despercebido e os atendimentos não fiquem sobrecarregados por conta da alta demanda.

Gostou das informações do artigo? Então aproveite e leia também como um diagnóstico preciso pode ajudar no tratamento dos pacientes.

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