Cisto na mama: o que analisar na mamografia?

O cisto na mama é uma condição bastante comum, principalmente em mulheres, e que pode causar preocupação em muitas pessoas. O problema pode ser imperceptível ou gerar incômodo, e a maneira como será tratado depende dos resultados de exames como a mamografia.

Vamos entender melhor o que é o cisto na mama e o que analisar na mamografia para entender as necessidades do paciente? Acompanhe a leitura!

O que é cisto na mama?

Um cisto na mama é uma alteração benigna, na maior parte dos casos, que surge nas glândulas mamárias, resultando na formação de uma bolsa de líquidos dentro do tecido mamário. Esses cistos são bastante comuns em mulheres, principalmente durante a fase reprodutiva da vida, e podem variar em tamanho, número e sensação ao toque.

Às vezes, os cistos são tão pequenos que não podem ser sentidos ao toque e só são detectados por meio de exames de imagem, como a mamografia ou a ultrassonografia.

Quais são as causas e os sintomas de cisto na mama?

Agora que você já sabe o que é cisto na mama, vale a pena conhecer as causas do seu surgimento. Na realidade, não existe apenas uma razão, mas sim uma combinação de fatores, inclusive genéticos, que levam ao aparecimento desses cistos.

Os principais são:

• flutuações hormonais;
• envelhecimento das células da glândula mamária;
• histórico familiar;
• componente genético;
• reposição hormonal feita de forma desregulada;
• infecções de diversos tipos;
• tumores já presentes no corpo;
• defeitos nas células;
• doenças inflamatórias;
• lesões ou traumatismos nos tecidos afetados;  Bloqueio de glândulas;  Gravidez

Os cistos na mama são detectados, geralmente, após o exame de mamografia ou ultrossonografia, já que eles não apresentam sintomas no início. Porém, quem não tem o costume de fazer a mamografia anualmente — indicada para mulheres acima dos 40 anos —, pode notar alguns sinais que indicam a presença dos cistos. 

Os sintomas mais comuns associados aos cistos de mama são:

• dor: alguns cistos podem causar desconforto ou dor na área da mama. Esse incômodo pode variar de leve a intenso e geralmente piora antes da menstruação;
• sensibilidade: as mamas podem ficar mais sensíveis ou doloridas ao toque;
• alterações na consistência: os cistos podem fazer com que a área da mama fique mais firme ou nodular;
• mudanças no tamanho das mamas: os cistos podem variar de tamanho ao longo do ciclo menstrual, muitas vezes aumentando de tamanho antes da menstruação e voltando ao original após esse período.

Cisto na mama pode virar câncer?

A maioria dos cistos mamários não está associada ao desenvolvimento de câncer de mama. Como você viu, eles são formações benignas, o que significa que não são cancerosos. No entanto, é importante lembrar que as mulheres podem ter tanto cistos mamários quanto outros tipos de lesões ou tumores ao mesmo tempo.

Por isso, é muito importante procurar um ginecologista sempre que desconfiar de algum sintoma. Além disso, por parte do médico, é essencial entender essas diferenciações para fazer o diagnóstico de maneira correta.

Em alguns casos raros, um cisto pode conter células anormais ou atípicas, mas isso não significa que ele se tornará câncer. Se um cisto mamário for suspeito ou houver dúvidas sobre a sua natureza, é papel do médico recomendar uma biópsia, que envolve a remoção de uma amostra de tecido para análise laboratorial.

Mesmo que a maior parte dos cistos mamários seja benigna, é essencial conscientizar, principalmente as mulheres, para realizar exames de rotina, como mamografias e exames clínicos das mamas.

Isso ajuda a detectar precocemente qualquer anomalia ou alteração que necessite de mais investigação ou tratamento, aumentando bastante o sucesso e a saúde da paciente.

O que analisar na mamografia?

A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem que utiliza raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas das mamas, permitindo a detecção precoce e a avaliação de anormalidades. Por isso, é o exame indicado para detectar o cisto na mama.

De modo geral, a mamografia é o exame de mama mais comum, sendo indicado realizá-lo anualmente a partir dos 40 anos. Porém, o médico também pode indicar o procedimento sempre que os sintomas aparecerem, independentemente da idade.

Com a mamografia em mãos, o médico deverá analisar as seguintes informações, para, então, fechar um diagnóstico:

• características de radiolucidez: os cistos mamários aparecem como áreas mais escuras (radiolúcidas) na mamografia, devido à sua composição de fluido. Eles se destacam em relação ao tecido mamário circundante, que é geralmente mais denso e aparece mais claro nas imagens;
• forma e contorno da mama: como o cisto na mama pode ter diferentes formas e contornos, isso também é avaliado. Geralmente, eles têm contornos suaves e regulares, mas em alguns casos podem ser mais irregulares;
• tamanho do cisto: os cistos variam em tamanho, e a mamografia pode ajudar a medir o diâmetro e avaliar se o cisto é grande o suficiente para justificar uma investigação mais aprofundada;
• densidade interna: alguns cistos podem ter uma densidade uniforme, enquanto outros podem apresentar algumas áreas mais densas ou septações (paredes internas). Essas características podem influenciar a avaliação do médico sobre a natureza do cisto;
• relação com o ciclo menstrual: em algumas mulheres, os cistos mamários podem ser mais perceptíveis ou maiores em determinadas fases do ciclo menstrual. O médico pode considerar essa informação ao interpretar os resultados;
• comparação com exames anteriores: se houver mamografias anteriores disponíveis para comparação, o médico pode observar se há mudanças ao longo do tempo, o que pode ajudar a determinar a natureza dos cistos.

Dependendo dos resultados da mamografia e da análise do cisto na mama, o médico pode solicitar outros exames e até procedimentos. Por exemplo, a biópsia é muito comum nesses casos, sendo responsável por analisar se há risco de câncer ou não.

Além disso, pode ser feita a retirada do líquido do cisto na mama quando ele causa incômodos e dores. Em casos de cisto na mama de tamanho exagerado, muitos médicos preferem fazer a retirada total, para garantir a qualidade de vida da paciente.

Vale lembrar que apesar do cisto na mama ser mais comum entre mulheres, ele também pode aparecer em homens.

Neste post, você entendeu o que é cisto na mama e o que deve ser analisado na mamografia. Com as informações apresentadas, fica mais fácil compreender como é feito o diagnóstico do problema.

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