O que é cisto no ovário e como influencia a saúde da mulher?

Muitas mulheres, no decorrer da vida, podem desenvolver algum tipo de cisto no ovário. Apesar da preocupação, a presença deles é relativamente comum e nem sempre causa maiores problemas ou sintomas graves à paciente.

Em grande parte dos casos, o cisto de ovário pode ser descoberto por acaso, principalmente durante a realização de exames de rotina. Em condições mais amenas, eles desaparecem depois de determinado período, sem a necessidade de intervenção médica.

Acompanhe o conteúdo a seguir e confira mais sobre cistos no ovário: sintomas, tratamentos e como interfere na saúde das mulheres!

O que é um cisto no ovário?

Os cistos nos ovários são formulações cheias de fluidos que podem gerar dor, torção ou sangramento no órgão reprodutor feminino. Eles podem apresentar diferentes tamanhos, desde micro até grandes cistos, que chegam a ocupar um grande volume da pelve, alterando o tamanho dos ovários.

Em geral, a situação afeta mulheres entre 15 e 35 anos, que estão em períodos da vida de alta fertilidade. O cisto ovariano, quando pequeno, não costuma provocar sintomas e pode, inclusive, desaparecer espontaneamente com o tempo.

Os cistos de ovário são benignos e apresentam diferentes tipos, como:

• cisto folicular — cisto simples que não produz sintomas e some em poucas semanas;
• cisto de corpo lúteo — cisto que ocorre após a liberação do óvulo do folículo ovariano;
• cisto hemorrágico — cisto que gera sangramento e dores abdominais;
• cisto dermoide — cisto que costuma aparecer em mulheres jovens;
• endometrióide — cisto que se forma nos ovários durante o período reprodutivo;
• ovários policísticos — cistos que envolvem problemas no metabolismo e no sistema cardiovascular;
• cistoadenoma — cisto benigno que se desenvolve no tecido ovariano e que pode aumentar centímetros de diâmetro, indicando a necessidade de remoção cirúrgica.

Como surge?

Geralmente, os cistos nos ovários são causados devido a alterações hormonais nas pacientes, sobretudo as que contam com a doença em seu histórico familiar. A condição ainda pode ser gerada pela utilização de medicamentos para estimular a ovulação.

Os diferentes tipos de cistos também ocorrem em mulheres com endometriose ou que sofreram hemorragias. É importante ter em mente que os cistos costumam ser assintomáticos, mas podem ser facilmente detectados durante alguns exames preventivos.

Quais são os sintomas do cisto no ovário?

Existem sintomas gerais que podem apontar um quadro de cisto no ovário. Veja a seguir:

• dores intensas no abdômen, nas costas ou nas pernas;
• dores durante a relação sexual;
• dor ao evacuar;
• inchaço ou sensação de pressão no abdômen;
• atrasos ou mudanças no ciclo menstrual;
• presença de sangue no corrimento;
• aumento da sensibilidade nas mamas;
• ganho de peso;
• vômitos e náuseas;
• dificuldade para engravidar.

É a partir da identificação dos sintomas e do tipo de cisto de ovário que a paciente deve seguir com um tratamento personalizado, que pode ser medicamentoso ou cirúrgico. Além disso, algumas mulheres podem ter que realizar mudanças nos hábitos de vida para viabilizar o desaparecimento dos cistos.

Eles podem se tornar doenças perigosas para a saúde da mulher?

Os cistos no ovário apresentam riscos apenas quando são malignos. Mesmo assim, a condição requer atenção das pacientes, já que a doença pode ser agravada, sobretudo se existe um quadro histórico familiar ou até mesmo outras enfermidades associadas.

Ao contrário do que se imagina, os cistos benignos são lesões, e a sua remoção é indicada apenas se causarem sintomas que prejudicam o bem-estar. É normal que eles desapareçam em poucos dias após a formação, sem causar grandes desconfortos.

Como descobrir se tem cisto no ovário?

Como os sintomas do cisto de ovário podem ser similares a outros quadros que causam dor pélvica, é necessário realizar uma avaliação detalhada de cada paciente para diagnosticar e tratar adequadamente. Para isso, a indicação é manter os exames de rotina sempre em dia.

Em alguns casos, o médico pode solicitar outros meios de avaliação, como o ultrassom transvaginal e demais exames de imagem. A partir disso, é possível verificar o conteúdo do cisto e categorizá-lo como simples, complexo ou sólido, além de obter dados sobre o tipo do cisto e se é maligno ou benigno.

A tomografia da pelve é outro exame recomendado, já que ajuda a avaliar o tamanho do cisto e, em alguns casos, se existe suspeita de câncer ovariano. A ressonância magnética, igualmente, é adotada em ocasiões específicas para diferenciar os cistos nas pacientes.

Como é o tratamento?

Como citamos, existem muitos casos em que o cisto de ovário desaparece sozinho e, por isso, não necessita de tratamento. No entanto, alguns medicamentos funcionam muito bem como método de prevenção contra os cistos funcionais, como os anticoncepcionais e anti-inflamatórios.

Os cistos são diagnosticados por meio de equipamentos médicos e podem ser removidos, a depender do caso, com cirurgia, como a laparoscopia. Para proteger a saúde, é fundamental que as mulheres avaliem se existe a presença dos sintomas e busquem um tratamento adequado para evitar a recorrência dos cistos.

Além disso, manter uma rotina de atividades físicas e uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais, é essencial. As pacientes ainda devem evitar o consumo de álcool, industrializados, carne vermelha e açúcar, que são alimentos comumente relacionados ao desenvolvimento de cistos no ovário.

De qualquer maneira, buscar o acompanhamento ginecológico é, sem dúvidas, a principal recomendação para ter um tratamento personalizado. O profissional pode realizar uma avaliação individual e orientar a paciente conforme o tipo de formulação de cisto.

Vimos que o cisto no ovário é uma condição que pode afetar mulheres de diferentes idades. Na medicina, a especialidade fica sob responsabilidade do ginecologista, que pode receitar medicamentos para a regulação do nível hormonal ou efetuar procedimentos cirúrgicos para a remoção dos cistos.

Existem casos mais severos, quando o cisto ovariano é maligno e cancerígeno, cuja recomendação é a retirada total do ovário. Apenas após avaliar o tamanho, o tipo e os sintomas provocados é que o profissional consegue definir o melhor método de tratamento.

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