Quando você precisa fazer algum exame como ultrassonografia, ressonância magnética ou mamografia, existe uma classificação responsável por categorizar eventuais lesões que possam ser identificadas. Ela se chama classificação BI-RADS™ e serve justamente para facilitar o trabalho médico.
Para entender melhor do que se trata e como surgiu essa terminologia, elencamos as principais informações sobre o assunto neste post. Então, se você ficou interessado, é melhor continuar a leitura até o final. Aproveite!
O que significa BI-RADS™?
BI-RADS™ é a sigla para Breast Imaging Reporting and Data System (Sistema de Relatórios e Dados de Imagem da Mama). O termo, em inglês, se refere a uma classificação universal de identificação da gravidade de uma lesão nas mamas, o que é crucial para que diferentes médicos possam trabalhar tanto na identificação, quanto no diagnóstico e no tratamento de uma doença dessa natureza.
Como surgiu esse sistema de classificação?
Antes do sistema de classificação do BI-RADS™, cada laudo emitido a partir dos exames feitos nas mamas tinha muito da experiência de cada médico e das suas percepções individuais do caso. Com isso, era difícil que um mesmo exame pudesse ser avaliado por dois radiologistas diferentes a partir dos mesmos parâmetros, por exemplo.
Com isso, foi necessário ter uma ferramenta de interpretação que padronizasse as análises e facilitasse a linguagem dos médicos. Assim, em 1993, o Colégio Americano de Radiologia encontrou na classificação uma forma mais eficiente de unificar a avaliação das neoplasias das mamas.
O BI-RADS™ é uma classificação adotada no Brasil desde 1998. Ele foi uma decisão tomada em conjunto:
- pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR);
- pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);
- pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
O objetivo principal, como você já viu, era fornecer condições para que todos os profissionais médicos pudessem falar uma “mesma língua” quando se tratasse dos laudos e diagnósticos resultantes de mamografias. Assim, ainda que uma paciente passasse por vários médicos, eles entenderiam a gravidade do problema da mesma maneira.
Para que serve e como funciona essa classificação?
De acordo com a Amercian Cancer Society, o BI-RADS™ é composto de sete diferentes categorias que, além de facilitarem um diagnóstico mais preciso, contribuem para traçar um tratamento eficiente. São elas:
- 0: é um resultado considerado inconclusivo, o que demanda novos exames de mamografia, ultrassom ou ressonância;
- 1: indica a ausência de quaisquer alterações nas mamas;
- 2: aponta para alterações benignas e que não exigem novo acompanhamento em menos de um ano;
- 3: mostra uma alteração que geralmente é benigna, mas que vale ser acompanhada semestralmente;
- 4: aqui, há uma suspeita de malignidade, que precisa ser investigada e confirmada;
- 5: mostra uma alta suspeita de alteração maligna que deve ser encaminhada para biópsia;
- 6: é um resultado normal para exames de pacientes que já estão em tratamento de câncer de mama.
Como você pode ver, a classificação é importante desde a possibilidade de descarte de alguma alteração que pode ser benigna ou da simples identificação de nenhuma alteração, até o acompanhamento de pacientes já diagnosticadas e em tratamento. Assim, a equipe médica pode acompanhar a evolução do quadro, decidindo pelos melhores métodos de intervenção.
Além disso, ela também ajuda a entender a densidade mamária, indicando algum dos seus três tipos de tecido:
- tecido glandular, responsável por produzir o leite;
- tecido fibroso, que sustenta as mamas;
- tecido adiposo, que preenche as lacunas entre os demais tecidos.
Existe diferença da BI-RADS™ na mamografia e na ultrassonografia?
Assim como é utilizada no sistema de mamografia digital, a classificação BI-RADS™ também pode ser adotada na ressonância magnética e na ultrassonografia. A forma de interpretar e avaliar os valores e a mesma, o que significa que também são seguidas as recomendações e a categorização do risco de câncer utilizada para mamografia.
A diferença, nesse caso, é que o ultrassom é um exame realizado para ter mais clareza sobre aspectos mais amplos da mama. Nos nódulos sólidos, por exemplo, é preciso ainda categorizá-lo quanto:
- à sua forma, se é irregular, redonda ou oval;
- à sua orientação, se é ou não paralelo à pele;
- às margens, se são indistintas, microlobuladas etc.;
- aos limites, se são definidos;
- ao padrão ecogênico;
- ao efeito acústico posterior;
- ao tecido circunjacente.
Já no caso das calcificações, por sua vez, é praticamente impossível visualizar em ultrassons. Apesar disso, quando aparecem, também devem receber uma classificação clara: se é macro, micro, dentro ou fora dos nódulos.
Muitos outros aspectos relacionados às mamas são considerados na ultrassonografia mamária, como:
- as alterações nos seus dutos;
- os edemas;
- as modificações na pele;
- a vascularidade;
- a elasticidade.
Como a tecnologia tem auxiliado a área da saúde?
A tecnologia tem auxiliado a área de saúde em diversos sentidos, especialmente para aumentar sua eficácia e diminuir o tempo necessário para obter resultados conclusivos sobre o quadro de pacientes. Com ferramentas altamente tecnológicas e estratégias inteligentes, como a classificação BI-RADS™, o trabalho de diagnóstico precoce e tratamentos eficientes são cada vez mais viáveis.
Em geral, podemos dizer que a tecnologia:
- melhora a qualidade dos atendimentos, aumentando a precisão dos laudos e facilitando a abordagem ao paciente;
- beneficia a assistência clínica e o conforto durante a investigação dos quadros e, até mesmo, os tratamentos dos estágios iniciais aos avançados;
- otimiza os serviços clínicos, prestando soluções como a telemedicina, por exemplo.
Todas essas soluções são fundamentais para que avanços significativos sejam conquistados, tornando cada vez mais rápida e fácil a identificação de quaisquer anormalidades de saúde que possam acometer os pacientes. Desse modo, os tratamentos e as intervenções podem acontecer quanto antes, reduzindo os riscos para as pessoas.
Para tanto, é importante dispor de equipamentos de ponta, de alta qualidade e tecnologia avançadas, que tornem mais fácil a rotina clínica e mais cômoda a jornada do paciente. Por isso, contar com um fornecedor de confiança é tão relevante, proporcionando a aquisição, garantia e manutenção de máquinas para a realização de exames como a mamografia.
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