Gestão de clínica médica: quais os principais processos?

A gestão de clínica médica apresenta uma série de resultados positivos ao redor do mundo. Isso porque traz melhorias tanto na organização interna e na alocação de recursos e coordenação clínica, quanto em relação a entregar soluções para os desafios recentes dentro de diferentes cenários que surgem a partir do crescimento de doenças crônicas, oscilações econômicas na área e quadros epidemiológicos.

De maneira geral, esse termo se refere à aplicação de técnicas, tecnologias de microgerenciamento e atitudes para que o sistema de saúde funcione de maneira eficiente. Tudo isso de acordo com as necessidades de cada tipo de atendimento e o oferecimento de uma experiência de qualidade, com maior acolhimento e estruturas administrativas, técnicas e humanas.

Quer saber mais? Vamos falar, neste artigo, sobre a gestão de clínica médica, o seu histórico ao redor do mundo e os principais processos envolvidos. Acompanhe!

Conceitos e princípios de gestão clínica

No cenário brasileiro de atendimento aos pacientes, o histórico da gestão clínica é ligado diretamente aos movimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). O uso dessa expressão aconteceu pela primeira vez no ano de 2001, em um estudo que abordava os grandes dilemas que envolvem o método de trabalho do SUS e a defesa de que todos os envolvidos no processo precisam ser bem destacados, para que seja possível oferecer um cuidado integral à saúde da população.

Vale considerar que as instituições de saúde guiam os serviços prestados pelo apoio à autonomia dos profissionais, a tradução de conhecimento e a aplicação de uma gestão clínica bem contextualizada e coletiva. Por conta disso, o processo de implementação de qualquer tipo de modelo de gerenciamento precisa acontecer de maneira horizontalizada.

Um dos principais diferenciais, neste caso, está na otimização da planilha de custos sem que aconteça nenhum impacto na experiência de atendimento dos pacientes e profissionais da área. É essencial colocar em prática modelos personalizados em cada modo de gestão de forma eficiente, equitativa e oportuna, para que a humanização do atendimento sirva sempre como principal guia.

Histórico da gestão de clínica

Além disso, a gestão de clínica engloba uma série de tecnologias sanitárias com origens nas diretrizes clínicas. Cada uma delas se desenvolve com o objetivo de proporcionar um sistema de saúde mais aprimorado em diferentes sentidos, e coordenando com excelência as listas de espera, auditorias e sobrecargas.

Atenção gerenciada

A Atenção Gerenciada (ou Managed Health Care) adotada no sistema de saúde dos Estados Unidos mostra a intervenção baseada na figura da gestão poderosa no movimento de intermediação entre os pacientes e os profissionais envolvidos.

A gestão de clínica, aqui, não se baseia apenas nas racionalizações administrativas, mas inclui o compartilhamento de riscos financeiros no relacionamento entre os profissionais e os responsáveis pela gestão. Um dos principais exemplos de estratégias implementadas foi a microrregulação logo nos níveis considerados mais onerosos no sistema de trabalho, principalmente, dos médicos generalistas.

O principal desafio que precisava ser enfrentado era encontrar a melhor maneira de preservar a lucratividade e manter o mercado em pleno funcionamento dentro do ambiente de saúde, que é visto com bastante instabilidade pelos especialistas. Nessa perspectiva que envolve políticas públicas, surgiu a Assistência Primária — chamada de Focalizadora ou Seletiva — que foi muito defendida pelo Banco Mundial nos anos 1980.

Governança Clínica

Já no Reino Unido, surgiu uma das iniciativas com maior abrangência sistêmica e de governança clínica durante os anos 1990. Isso com foco em qualidade de atendimento e a definição de um sistema que incentiva as organizações de saúde a manterem os padrões de cuidados elevados e criar um ambiente focado em excelência clínica.

A Governança Clínica teve influência direta em outros sistemas de saúde, que definiram e implementaram políticas e diretrizes capazes de impulsionar as melhores práticas para enfrentar todos os fatores relacionados e as variabilidades na prestação de cuidados.

São sete pilares que direcionam o método: auditoria clínica, gerenciamento de risco, uso adequado da informação, educação e treinamento, gerenciamento de pessoas, efetividade clínica e envolvimento do público nos processos.

Como colocar em prática a gestão de clínica

A gestão de clínica deve ser eficiente para que os profissionais da saúde possam focar no que realmente é importante em seu trabalho: atender aos pacientes com qualidade. Imagine só que, se um equipamento médico não funciona no momento de um exame, o profissional de saúde precisa interromper os seus afazeres para tentar descobrir o que está errado.

O resultado seria uma grande sobrecarga de trabalho e desconforto para o paciente. Com isso, a administração adequada permite que os setores internos de uma clínica façam as operações fluir tranquilamente e se previnam contra possíveis imprevistos, garantindo os atendimentos sem grandes complicações.

Por esse motivo, para colocar em prática a gestão de clínica, é necessário incluir atividades abrangentes em áreas do financeiro, marketing, recursos humanos, gestão de produtividade e análises de indicadores de desempenho.

Como a tecnologia pode ajudar

A tecnologia é uma excelente aliada quando se trata de investir em gestão de clínica. Afinal de contas, a saúde costuma ser uma área bastante delicada, que precisa de soluções direcionadas para conseguir agilizar os processos e atender ao maior número de pacientes possível com qualidade e eficiência.

Os gestores de saúde precisam se manter preparados diante do que pode interromper a operação e identificar quais são os serviços que precisam de atenção especial. Tudo isso com a possibilidade de gerenciar melhor os custos e integrar os esforços envolvidos.

Assim, o uso da tecnologia é importante, principalmente no levantamento e na gestão das informações, a fim de organizar devidamente os processos e coordenar as atividades diante de grandes grupos de pessoas. As ferramentas digitais que contam com Inteligência Artificial, por exemplo, são essenciais no momento de diagnosticar doenças de uma maneira mais rápida e auxiliar na busca pelo melhor tratamento.

O uso de softwares e equipamentos que ajudam na gestão de laudos e na rotina dos profissionais de saúde, de maneira geral, também fazem muita diferença. A tecnologia em equipamentos médicos é fundamental nos exames de imagens e evita a sobrecarga dos profissionais da área de radiologia, por exemplo, com laudos que podem ser gerados rapidamente e trazer um atendimento muito mais rápido junto aos médicos.

O grande diferencial de uma boa gestão de clínica está em basear esse conceito na real dificuldade de atendimento conforme as experiências dos profissionais. Com isso, as soluções tecnológicas implementadas podem funcionar na hora de expandir o alcance médico e trazer mais dinamismo no exercício das funções diante das particularidades de cada quadro.

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