laudo de mamografia

Laudo de mamografia: quais são os principais elementos?

27 outubro 2022

O laudo de mamografia deve ser o mais claro e objetivo possível para que o diagnóstico seja feito de maneira precoce. Principal forma de detectar o câncer de mama, o exame deve ser realizado anualmente por mulheres acima dos 40 anos com o objetivo de diminuir o índice de mortalidade.

No Brasil, de acordo com dados divulgados no site do INCA (Instituto Nacional de Câncer) para o ano de 2021, foram estimados cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama. Ou seja, diante de alta incidência do diagnóstico, a importância da exatidão do laudo de mamografia se torna redobrada para que o tratamento definido tenha menos agressividade e alta eficiência. Quer saber mais sobre o laudo de mamografia? Siga com a leitura!

Entenda o que é e como é feito um laudo de mamografia

Na prática, o laudo de mamografia representa o documento que reúne os dados do paciente que realizou o exame, indicando se existe ou não algum tipo de alteração no tecido mamário. O objetivo principal é detectar alterações, lesões, assimetria, microcalcificações, distorção arquitetural, dilatação ductal isolada e nódulos.

A realização do exame pode ser feita com aparelho de mamografia digital ou analógico e fornece suporte indispensável para trazer um diagnóstico preciso de câncer de mama, por exemplo. De modo geral, a mamografia é a forma mais eficiente de identificar alterações nas mamas — até mesmo as muito pequenas que passam despercebidas no exame clínico.

O que deve constar no laudo de mamografia

O laudo de mamografia é feito depois da leitura do mesmo e da correlação com dados clínicos e outras informações fornecidas a respeito da saúde da mulher. Veja a seguir quais são elas:

  • Descrição da composição mamária;
  • Resultado clínico;
  • Achados associados;
  • Impressão diagnóstica;
  • Categorização BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System).

Câncer de mama

De acordo com informações do INCA, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil, depois apenas do câncer de pele não melanoma. Ou seja, o diagnóstico precoce é fundamental para ter sucesso no tratamento e menor impacto na qualidade de vida da paciente.

Com isso, o olhar atento e experiente do profissional responsável pelo exame faz muita diferença ao não deixar nenhum sinal passar despercebido antes do desenvolvimento do quadro.

Em neoplasias de mama, existe a proliferação de células com processos genéticos errôneos que são chamados de atípicos. Os principais sinais radiológicos de câncer de mama são nódulos, microcalcificações (representam o sinal mais precoce de malignidade), assimetria focal e difusa, dilatação ductal isolada e outras lesões.

Outros indícios também são o espessamento com retração da pele e alteração dos linfonodos axilares. No entanto, normalmente estão associados a outras lesões em tumores localmente mais avançados.

Doenças de mama benignas

Existem outras doenças benignas que podem acontecer as mamas femininas. Um dos principais exemplos é a alteração funcional em que, conforme a alteração hormonal, o epitélio e o estroma sofrem proliferação ou um processo de involução durante toda a vida. Durante o período menstrual, principalmente, algumas pacientes se queixam de dores espontâneas e cíclicas conforme as variações do ciclo.

Apresenta-se com certa frequência também as alterações fibrocísticas. Elas se caracterizam pelo aparecimento de cistos nas mamas, de vários tamanhos e, na maioria das vezes, múltiplos. Já as doenças inflamatórias e infecciosas são comuns em mulheres no período de amamentação, como a mastite e os abcessos.

Ambos são causados por uma ruptura da interface do epitélio do complexo areolopapilar com disseminação retrógrada de microrganismos. Outros exemplos são:

  • Fibroadenoma;
  • Fibroadenolipoma;
  • Adenose;
  • Lesão esclerosante radial.

Diferenças entre exames de mamografia analógica e digital

A mamografia digital é um método de rastreamento moderno capaz de utilizar a tecnologia chamada de tomossíntese mamária para obter imagens de alta qualidade de maneira mais ágil.

Trata-se da mamografia chamada também de 3D que torna o processo do exame mais confortável para as pacientes. Os dois métodos são muito eficientes na hora de detectar presenças de tumores de maneira precoce.

Em relação ao laudo, os emitidos na mamografia analógica costumam ser mais demorados, pois dependem da revelação do filme. Aqui, as imagens são captadas por meio de um sistema de raios x e ficam armazenadas em um filme extremamente semelhante aos filmes fotográficos.

Esse material precisa ficar protegido do calor e da umidade para não comprometer a qualidade das imagens. Além disso, os resultados impressos precisam ser armazenados com cuidado. Caso qualquer tipo de problema ocorra, a paciente precisa refazer o exame.

Já na mamografia digital, os raios x produzem imagens que podem ser visualizadas de forma imediata na tela do computador. O profissional responsável por fazer o exame consegue identificar na hora quando existe algo fora do padrão esperado, e o tempo de espera pelo laudo costuma ser de aproximadamente trinta minutos.

Como entender a classificação Bi-RADS

No laudo de mamografia, ultrassonografia ou ressonância das mamas, a classificação BI-RADS™ mostra a classificação da lesão identificada. O BI-RADS™ foi definido com o objetivo de padronizar e interpretar com clareza os termos de classificação das alterações nas mamas e simplificar o trabalho dos envolvidos no diagnóstico e na escolha do melhor tipo de tratamento.

O BI-RADS™ é classificado em sete categorias. Sendo assim, é sempre muito importante que seja feito uma comparação com o resultado de exames realizados anteriormente pela paciente como forma de identificar se a lesão encontrada é recente ou se acontece alguma alteração em lesões já existentes.

Veja, a seguir, as 7 classificações:

  • 0, resultado inconclusivo: é necessário refazer o exame ou trocar para uma ressonância magnética das mamas ou ultrassom;
  • 1, nenhuma alteração encontrada: realizar um novo exame dentro de um ano;
  • 2, alteração de característica radiológica benigna encontrada: refazer exame em um ano;
  • 3, alteração com alta probabilidade de ser benigna: acompanhar a cada seis meses;
  • 4, suspeita de malignidade e exige uma biopsia para confirmação: existem as subdivisões entre A (maior suspeita), B (suspeita média) e C (suspeita maior);
  • 5, maior suspeita de malignidade: precisa de biopsia para confirmação;
  • 6, resultado comum em exames que acontecem durante o tratamento de um câncer de mama já diagnosticado.

Agora ficou claro como o laudo de mamografia é feito e sua importância para que a paciente tenha um diagnóstico adequado e receba o melhor tratamento quando necessário.

Gostou das informações do artigo? Então, leia mais sobre a mamografia digital, quando ela deve ser indicada e suas principais vantagens.

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